Dois anos depois

13.06.2012

Recomeço.

(Eu que escrevi isso aí embaixo?)


Meu destino foi ser star

06.07.2010

“Coitada da Gisele!”, eu suspirava internamente, enquanto o som de cliques me perseguia pelo teatro. Ok, pompa demais: eu só estava morrendo de vergonha de ser flagrada pelo fotógrafo a cada gesto meu. Mas essa era a ideia, afinal. Fui até o Teatro Centro da Terra, em Perdizes, participar do espetáculo Teatrokê, dirigido pelo Ricardo Karman, para contar a experiência na Bravo! de julho.

O texto vocês encontram na revista. Aqui, dá pra ver o vídeo da minha performance. O meu amante em cena é o namorado, a propósito.


Príncipe

05.07.2010

O fato de [o conto de fadas] ter sempre um final feliz não é positivo?
A mulher e a criança raramente têm um papel ativo no final feliz. Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela são salvas magicamente. Essa passividade das heroínas tem uma mensagem clara: quem é boazinha, submissa, vai ser salva por um príncipe.

(in “Viva Shrek, abaixo o príncipe encantado”, Folha Equilíbrio, 29 de junho de 2010)


Vidas invisíveis

05.07.2010

(do blog Stuff No One Told Me (but I Learned Anyway), dica da Gabriela Fróes)


Balanço do segundo trimestre

30.06.2010

O segundo trimestre apresentou baixa em relação ao primeiro, pelo menos em aproveitamento do tempo. O índice com maior decréscimo foi o dos livros lidos: que eu me lembre, nenhum nestes três meses, apesar de ter começado e folheado diversos e ter lido alguns para trabalhos. Música apresentou um aumento discreto; cinema caiu, mas chama atenção a predominância dos nacionais. Teatro se mantém, exposições caíram. Não foi um trimestre memorável, apesar de momentos importantes (principalmente no teatro).

muito bom

*O Idiota, direção da Cibele Forjaz*In On It, pela segunda vez*Cine Belvedere, cia. Bruta de Arte*Maria Bethania*Cat Power*As Melhores Coisas do Mundo*Veneno Remédio, José Miguel Wisnik (65%)*O Idiota, Dostoievski (5%)*final da sexta temporada de House*final da sexta temporada de Grey’s Anatomy*jogo Alemanha x Inglaterra*

valeu a pena

*Policarpo Quaresma*Teatrokê*O Barbeiro de Sevilha, Companhia Brasileira de Ópera (direção musical do Neschling)*Vitor Ramil*Wisnik, Tatit, Nestrovski*Helio Oiticica*Os Famosos e os Duendes da Morte*Uma Noite em 67*Coração apertado, Marie Ndiaye (15%)*

já esqueci

*Colapso, no Teatro Poeira (Rio)*Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César, com Paulo José*Cinema, do Felipe Hirsch*H.A.M.L.E.T, com direção da Juliana Galdino*Thiago Pethit*Alice no País das Maravilhas, do Tim Burton*Tudo Pode Dar Certo, do Woody Allen*jogos do Brasil*

expectativa para o próximo trimestre

*Macbeth, do Aderbal Freire-Filho*Gilberto Gil e seus forrós*Fazes-me falta, da Inês Pedrosa (já em casa)*Dicionário Analógico (a comprar)*todo o Erico Verissimo (a providenciar)*continuar “O Idiota”*


O eco de antigas palavras

30.06.2010

Cápsula do tempo personalizada é o site Futureme.org, que a Audrey indicou ontem na mesa do bar: você escreve um email (para você mesmo) que vai ser enviado só no futuro. Por exemplo, uma amiga dela fez uma lista com tarefas que ela pretende ter cumprido até 2013. “Fulana, você já fez aquela viagem?”

Outra opção é mandar um email do futuro para outra pessoa. Teve a amiga que mandou uma mensagem fofa para outra, lembrando de um dia bom, no presente, que tiveram juntas, para a amiga se lembrar no futuro. Na hora me bateu uma dúvida. E se a amiga fofa cometesse a mais cruel traição antes do email chegar? Fácil. Manda outro email, pra chegar antes, com a seguinte mensagem: “Sua vaca, desconsidere o email posterior”.

Um problema ainda sem solução para mim é como prever que (1) usaremos email daqui a x anos, (2) usaremos o mesmo email daqui a x anos. De dez anos pra cá, eu já tive uns cinco diferentes, acho.

E, claro, a dúvida eterna: o que eu quero dizer pro meu futuro eu?

(tem livro com algumas das cartas: Dear Future Me: Hopes, Fears, Secrets, Resolutions)


Mais sobre frilas

22.06.2010

(dica da Paulinha)


Meu namorado Oscar

20.06.2010

Concluímos, namorado e eu, que temos cara de um casal de jovens disponíveis e abertos a novas experiências. Nos últimos tempos, sempre que uma peça tem alguma interação, nós somos os interagitadores. Ontem foi a vez de “Cine Belvedere” (recomendadíssimo, acaba semana que vem); namorado virou Óscar, o noivo imaginado/morto/real? da empregada Pacha. Deu até beijinho – segundo ele, só no rosto porque, apesar das insistências da personagem, ele não parou de pensar que seria um homem morto e solteiro caso acatasse e beijasse na boca.

(É CLARO que a personagem não estava pedindo na boca de verdade, era um noivo que ela imaginava… Enfim. Deixa ele acreditar)

Minutos depois de namorado virar Óscar, a personagem que estava bolinando meu namorado dá um grito e aponta para os meus pés: “UMA BARATA!”. Ai, gente, que piada de mau gosto, e bem comigo. Claro que não tinha barata alguma, mas eu sou doida de não levantar os pezinhos? Não dei escândalo, fui fina. Mas quem disse que eu dormi sossegada depois? Sonhei a noite toda com barata.

Anyway, tudo isso era um pretexto pra dizer que “Cine Belvedere” foi até agora a segunda melhor peça do ano, perdendo apenas para “In On It”. E acaba semana que vem, vocês prestaram atenção nisso? Mais uma informação: são só 16 pessoas no público por sessão. Corram (e mantenham os pés pra cima).


La Bobera

14.06.2010

(sobre como fazer uma matéria de ciência)

“YARUMAL, Colômbia – Nesta rústica cidade de montanha, uma mulher idosa se viu trocando as fraldas de seus filhos de meia-idade. Em idades assustadoramente precoces, na casa dos 40, quatro filhos de Laura Cuartas começaram a esquecer e a se desintegrar, atacados pelo que as pessoas daqui há muito tempo chamam de “La Bobera”. É uma condição que, em sussurros, se atribui a tudo, desde tocar uma árvore misteriosa até à vingança de um padre enganado.


É o mal de Alzheimer e, aos 82 anos, Cuartas, com seu rosto enrugado muito sério, cuida de três de seus filhos afetados. Um deles, Dario, 55, balbucia palavras incoerentes, rasga suas meias e fraldas e se debate tão vigorosamente que às vezes é amarrado a uma cadeira, só de cuecas.


Uma filha, María Elsy, 61, uma enfermeira que aos 48 começou a esquecer a medicação de seus pacientes e cujos acessos de raiva a fizeram atacar uma irmã que lhe dava banho, é uma concha humana, muda, alimentada por um tubo nasal. Outro filho, Oderis, 50, nega que sua memória esteja morrendo, que ele se lembre de apenas uma coisa de cada vez: leite, leite não, bananas. Ele diz que se tiver Alzheimer vai se envenenar.


Durante gerações, o mal atormenta estas e milhares de outras pessoas entre um grande grupo de parentes: a maior família do mundo que sofre de Alzheimer. Hoje o clã colombiano está no centro de um ataque potencialmente inovador contra a doença, um plano para ver se a aplicação de um tratamento antes do início da demência é capaz de evitá-la totalmente.”

Continua

Quem não é assinante da Folha/Uol pode ler aqui – nesse link também tem um vídeo com a família.


Frila revival

14.06.2010

Há mais ou menos uma semana eu saí na revista AG, do jornal A Gazeta, de Vitória. Meu amigo Vitor de Vitória (eu sempre falo “Sabe o Vitor de Vitória?”, todo mundo já sabe qual Vitor é, mas eu sempre falo mesmo assim) leu aquele post da vida de frila e comentou com uma editora do jornal – ele ainda trabalhava lá -, e ela gostou e achou que rendia uma pauta. E aí, ao invés de me passarem o frila, me fizeram de entrevistada, rs.

E eu sou um box, gente, com o título “Nem tudo são flores”. Achei muito pertinente, flor e eu, pessimismo e eu, pegaram o espírito da coisa.

Anyway, hoje a flor tá de volta, e contrariando o mandamento do frila: to em casa escrevendo uma matéria, de pijamão e com o cobertor por cima das pernas. Depois de um ótimo café, lendo jornal com calma.

Boa semana para vocês também.


Jogos de futebol são como as histórias de amor?

09.06.2010

(em homenagem à linha editorial do Blog das Perguntas)

“Eles compõem um retrato, mesmo que aproximativo, e que consiste afinal numa versão, entre as que seriam possíveis, dos acontecimentos. Considerados de uma maneira genérica, eles descrevem – nem que seja estatisticamente – os fatos, incluindo muitas vezes aquela margem dúbia entre ‘o que poderia ter sido’, e que tem de ser vencida, além do adversário, antes de selados inapelavelmente pelo sacrifício final – o gume duplo que separa vencidos e vencedores, dando a uns uma cota de corte no desejo e a outros a imantação mítica, mas provisória, da investidura num status superior, que se quer total. O apito final, como a morte, sela o sentido do acontecimento, mas sem sossegar necessariamente as virtualidades que o jogo desencadeia, as promessas que ele quase realizou, a multidão de alternativas que ele desenha.”

trecho de Veneno Remédio – O Futebol e o Brasil, de José Miguel Wisnik


Keep the pills

07.06.2010

postagem do Grupo Corpo no Facebook:

“Lecuona venceu a votação com 42,4% dos votos. Muito obrigado a todos que participaram. Turnê brasileira: Ímã + Lecuona #grupocorpo”

Ufa.


O Rio ri

07.06.2010

Sempre que eu vou ao Rio eu me lembro de que a vida é mais do que um dia depois do outro. No Rio as pessoas riem.

(sem contar o chorinho, a praça, a praia, os corpos à mostra, as pernas torneadas, o caminhar devagar pela calçada…)


Pareceres de Twitter

04.06.2010

O teatro do Sesc Santana tem um cheiro que parece muito cheiro de bola de tênis nova.

A cenografia de “Um navio no espaço ou Ana Cristina Cesar”, no teatro do Sesc Santana até domingo, parece muito a cenografia de “Strindbergman”, que esteve no teatro do Espaço Viga.

A peça “Um navio no espaço ou Ana Cristina Cesar” não parece muito aquilo que propagandeiam como “Um navio no espaço ou Ana Cristina Cesar”, uma peça com Paulo José.

Parece que o cheiro de bola de tênis mais o didatismo do texto mais a interpretação da Ana Kutner mais o sumiço do Paulo José me fizeram querer sair correndo de Santana.

Fica até domingo, mas parece que eu não estou recomendando.


Paixão e desafio intelectual

30.05.2010

Na sexta-feira, meu amigo Ricardo Calil disse que conseguia entender mais quem torcia pelo Corinthians do que quem era indiferente ao futebol e nem time tinha. Doeu fundo no peito desta que vos escreve, indiferente ao futebol, sem time. Como inventar uma paixão por vontade própria, só para ser mais compreendida, eu não consigo, resolvi me aproximar do futebol da melhor maneira que encontrei: lendo sobre ele. Será que vou chegar perto pelo menos dos corintianos?

“Veneno remédio – O futebol e o Brasil”, do Zé Miguel Wisnik, foi lançado no ano passado, ou no outro, e era o único livro dele que eu tinha certeza que jamais leria. Pois estou lendo e adorando, acreditam? Logo, logo eu tenho assunto para os almoços futebolísticos, para os intervalos de jogo, para as cervejas no bar durante a Copa. Enquanto isso, e enquanto eu não escrevo um texto de verdade sobre o livro, fiquem com esse trechinho que acabei de ler.

“Não se pretende negar aqui o lugar perfeitamente legítimo dos indiferentes ao futebol. Mas, para quem o imaginário da história é o avanço da consciência plena rumo a um horizonte salvífico, o jogo parece regredir sempre, num ciclo irritante, ao ponto de partida. Para aqueles outros que, imbuídos de uma teoria crítica geral, que não veem sinais de vida na catástrofe do mundo, o jogo é destituído de graça, além de participar em bloco do processo de dominação. Para quem a vida se alimenta, no entanto, na sua multiplicidade aberta, de uma margem irrecusável de desejo e acaso – em uma palavra, de jogo -, o futebol pode ser objeto simultâneo de paixão e desafio intelectual. Essa disposição não é muito diferente daquela que é pedida pela arte – que supõe certa dose de aceitação da violência simbólica e da gratuidade.”


Sobremesa da Cinderela

30.05.2010

Deu certo.


Cozinha sem utopia

29.05.2010

20h15 – Gênio da física

Minha moranga grande é linda. Minha panela de 30 litros é linda.

Vou colocar a moranga dentro pra medir a água, lalá, isso, tá bom. Ah, depois eu vou tirar o recheio… Não importa, é o volume que determina o empuxo! Meudeus, preciso lembrar de comentar do empuxo. Gênio. Minha sobremesa vai dar certo porque eu sei do empuxo.

20h20 – Quase redondo

“Cuidado pra não se cortar”. C’mon, mãe, eu tenho quase trinta anos, qual a dificuldade de cortar uma abóbora? Hm, é meio difícil. Faquinha, cuidado com o dedo. Ai, que duro. Putz, agora entrou tudo, devo ter passado da casca. Caraca. Que duro. Vai, uma tampinha… Genial. Meudeus, eu sou genial. Está quase redondo!

20h35 – Cirurgiã

To me sentindo uma cirurgiã: juro que enfiar a mão na abóbora pra tirar a semente e a esponjinha deve ser igual à sensação de por a mão dentro de um útero. Eu preciso parar de ver tanto seriado médico. Ainda bem que fiz um buraco relativamente grande. Não dá pra ver nada, meudeus, QUANTA SEMENTE.

Ah, vejam só, as sementes, aquelas que meu pai come. Desvendando o reino vegetal, eu sou uma aventureira. E minha sobremesa vai ficar incrível. Desde que eu não esqueça nenhuma semente aí dentro, claro. Cuidar das abóboras do Farmville dava bem menos trabalho.

20h50 – Adoça tudo

Açúcar, muito açúcar, delícia, vai, o saco inteiro, chuf, chuf, não para de cair, vai, açúcar, adoça tudo, que lindo, que calda deliciosa que vai ficar, vai, vai…

20h55 – Água seca

Ready? Go! Fogo baixo pra não queimar a menina e para a água que vai começar a ferver e pular não entrar no buraquinho do açúcar – devidamente protegido com a linda e redonda tampinha que eu fiz sozinha e com muito amor. Pronto, agora é só esperar.

(22h) Aimeudeus, é mesmo, a água seca! Água fervendo no fogo, a água evapora, Mariana, onde você aprendeu Física, minha filha? Onde você aprendeu a andar, minha filha? A água seca, será que secou? Corre pra casa, corre pra casa, e se explodiu tudo, e se a cozinha ficou laranja, e se matou o cachorro???

(22h05) Nem fervendo tá. Acho que o fogo tá baixo demais. Uma hora de fogo e não aconteceu nada. Que horas eu vou dormir hoje? Até meia noite e pouco isso tá pronto, não tá?

Meia noite e pouco

Apelei, pus foto no Facebook. Não aguento mais. Já vi Grey’s Anatomy, já tomei banho, já brinquei com o cachorro. Vou aumentar o fogo. Não vai queimar, claro que não vai. E se eu dormir um pouquinho e depois levantar pra continuar? Não, não vai dar certo. Ai ai. Será que eu errei alguma coisa? A parede desse útero tá muito dura, isso não é doce de comer, vai ficar cru e todo mundo vai ter que falar que tá uma delícia, ninguém vai conseguir comer até o fim. E vão dizer “é que eu comi demais, nossa, tava tudo tão bom”, eu sei que é isso que vão dizer.

1h20 – Colapso

Já deu? Não deu ainda. Não posso mais ficar tirando a tampinha, já tá laceando, daqui a pouco a tampinha cai dentro da calda de açúcar. Deixa ver se tá doce isso aqui. Nossasenhora, que delícia, calda de açúcar com gostinho de abóbora. Então tá tudo certo, não tá? Ih, a água de fora tá meio laranja. AH NÃO. Será que tem um furo no fundo e a calda tá escapando e a água tá entrando na minha moranga??? Não pode, não pode, não vai ter calda, a calda tem que ser concentrada, não pode escapar. Não, não pode. Puta merda, e agora? Eu to vendo a calda se mexer, deu errado, vou ter que começar do zero, se a calda mexe é porque tá entrando água por baixo, só pode ser, deu errado, que horas são? E se eu comprar outra moranga amanhã cedo e fazer tudo de novo? Aí dá tempo, eu ponho no freezer, vai dar. Não, não pode ser. Já sei. Vou tirar a moranga da água. Eu sei, mãe, não é pra tirar quando ainda estiver quente, você avisou, pode colapsar, mas o que pode ser tão grave agora? Se colapsar já era, talvez já esteja tudo errado, mesmo, a água que entrou na calda. Eu vou arriscar.

1h30 – Prasco

Desliga o fogo. A concha, cadê a concha? Aqui, isso, vai tirando a calda com cuidado, vou por nesse negocinho de plástico e depois arrumo outro recipiente menos tosco. Tira, tira, nossa. Quanta calda. Um saco de açúcar dá tudo isso de calda ou isso é a maldita água que entrou na minha moranga? Ih, acabou o espaço, pega outro recipiente, mais calda, mais calda. Isso não pode estar certo. Vai em frente, Mariana. Pronto, lindo, deixa esfriar antes de colocar na geladeira. Agora a abóbora, tira com cuidado, como eu vou tirar isso daqui com essa água quente? Vou pegar pelas paredes. Vou mesmo. Tá tão duro aqui em cima, porque não ficou submerso como o resto da abóbora, vou pegar. Onde eu vou por? Putz, não comprei o suporte, vai no suplá de prasco, amanhã eu troco. Um, dois: foi.

2h15 – Dúvida

Já esfriou? Já esfriou, não vou esperar mais. Putz, que pesada. Putz, tá mole embaixo. Ainda bem que eu tirei do fogo. Não vai dar pra tirar desse suporte, senão desaba. Será que o creme de leite vai coalhar se eu colocar com a abóbora quente? Não, isso não existe, onde eu to com a cabeça. Vai, não aguento mais. Creme de leite.

2h25 – Chega

Não eram três latas? Cacete, eram três, não é possível. Será que eu tenho mais creme de leite. Eu tenho, ainda bem, vou por cinco, então. Que tipo de pessoa faz uma sobremesa complexa pela primeira vez e não vai poder provar antes de levar pra um jantar? Me diz, que tipo de pessoa faz isso? Que ideia foi essa, Mariana? Agora põe cinco latas, não é possível que essa moranga seja tão grande assim. Cacete, que moranga sem fundo, cinco latas de creme de leite? Como eu vou carregar isso, esse negócio vai pesar quanto? Cinco latas, mais toda a abóbora, mais um pote com a calda, que taxi vai querer me levar? Eu vou derrubar tudo, eu sei que vou. Chega. Vai pra geladeira.

2h30 – Enjoo

Cara, que enjoo é esse? Acho que não vou conseguir comer essa sobremesa. Ai, sobremesa. Não vou pensar nisso.

Sábado, 10h – Espera

Está inteira? Está. Não vazou. Em dez horas vão me dizer que gosto tem. Cansei, não faço nunca mais essa coisa. E estou doando uma panela de trinta litros, caso alguém se interesse.


Argumento para filme de terror

26.05.2010

Número de telefone é suspenso depois da morte de 3 donos

Empresa telefônica da Bulgária descontinuou sequência 0888 888 888.

‘Número da morte’ ficou marcado no país por uma década.

Aqui.


Ah, o Chico

26.05.2010

Vocês viram? A Cia das Letras chamou alguns escritores para fazer contos baseados em músicas do Chico Buarque. Minha música preferida não tá na lista, pena (já sei, eu devia escrever um conto baseado nela!). Agora a gente tem que saber se vão começar a comparar: ah, a letra da música é muito melhor…


Discurso

24.05.2010

Só eu achei sintomática a mudança de nome do caderno do jornal de “economia” para “mercado”?